sábado, 31 de julho de 2010

2ª continuação :

Papai:
- Um coração! Onde conseguir um coração? Um coração! Onde , Deus meu?
Nesse mesmo mês , Carmenzita completaria seus quinze anos. E foi numa sexta–feira a tarde quando conseguira, um doador. Foi operada e tudo saiu bem. Carmenzita permaneceu no hospital por quinze dias e nenhuma só vez seu papai foi visitá-la.Todavia, os médicos lhe deram alta e ela foi para sua casa. Ao chegar em casa Carmenzita com ansiedade gritou:
- Papai! Papai!... Onde tu estas?
Eu sai do quarto com os olhos molhados e disse-lhe:
- Aqui estar um carta que seu papai deixou para vc.
“ Carmenzita, filhinha do meu coração: No momento em que ler esta minha carta, já deve ter quinze anos e um coração forte batendo em teu peito, essa foi a promessa que me fizeram os médicos que te operaram.Não pode imaginar nem remotamente o quanto lamento não estar do teu lado neste instante. Quando soube que morreria decidi dar-te a resposta da pergunta que me fizeste quando tinha sete aninhos e a qual não respondi.Decidi dar-te o presente mais bonito que ninguém jamais faria por minha filha.. Te dou de presente minha vida inteira sem nenhuma condição para que faças com ela o que queiras. Vive filha!! Te amo com todo meu coração!!!”
Carmenzita chorou por todo dia e toda noite . No dia seguinte foi ao cemitério e se sentou sobre a tumba do seu papai; chorou tanto como ninguém poderia chorar.
E sussurrou:
- Papai... agora posso compreender quanto me amavas eu também te amava e ainda que nunca tenha dito, agora compreender quanto me amavas e ainda que nunca tenha dito , agora compreendo a importância de dizer –te “ Te amo” e te pediria perdão por haver guardado silencio tantas vezes.
Nesse instante as copas da árvores balançavam, suavemente, caíram, algumas folha e florzinhas, e uma suave brisa roçou a face de Carmenzita, olhou o céu, tentou enxugar as lágrimas do seu rosto, se levantou e voltou pra casa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário